Em beijos de tirar o fôlego
Tímidos, transaram trôpegos
E ávidos, gozaram rápido"
- è se eles tocam isso, e também fala de coisa vulgar, eu posso ouvir.. afinal skank PODE! (rs)
Entre muitos artistas me recordo desses aqui:
Ilegais - Vanessa da Mata
Eu quero você, dentro de mim
Eu quero você, em cima de mim
Eu quero você... "
Eu Que Não Sei Quase Nada do Mar - Jorge Vercilo e Ana Carolina
Me agarra na cintura, me segura e jura que não vai soltar
E vem me bebendo toda, me deixando tonta de tanto prazer
Navegando nos meios seios, mar partindo ao meio
Não vou esquecer"
Eu Te Devoro- Djavan
Pra esperar, esperar
Devorar você..."
Eu Comi A Madona - Ana Carolina
"É dessas mulheres pra comer com dez talheres
De quatro, lado, frente, verso, embaixo, em pé
Roer, revirar, retorcer, lambuzar e deixar o seu corpo
Tremendo, gemendo, gemendo, gemendo"
Soneto do Teu Corpo - Paulo Moska e Leoni
"Juro beijar teu corpo sem descanso , como quem sai sem rumo prá viagem.
Vou te cruzar sem mapa nem bagagem, quero inventar a estrada enquanto avanço.
Beijo teus pés, me perco entre teus dedos.
Luzes ao norte, pernas são estradas
Onde meus lábios correm a madrugada
Pra de manhã chegar aos teus segredos.
Como em teus bosques. bebo nos teus rios.
Entre teus montes, vales escondidos.
Faço fogueiras, choro, canto e danço.
Línguas de lua varrem tua nuca.
Línguas de sol percorrem tuas ruas.
Juro beijar teu corpo sem descanso "
Aposto que formularam toda a cena, enquanto liam né? (rsrsrs)
Essa última ao meu ver é muito bem composta, entrelaçada, sensitiva, cheia de detalhes e de forma totalmente figurada, com simbolos que representam e ajudam a criar a cena na nossa memória e que só são entendidos e percebidos facilmente porque fazem parte mesmo da nossa vida e do nosso cotiadiano.
Estas não são consideradas tão explicitas e com duplo sentido, como as discursões que existem por tras de artistas e cantores de ritmos tão populares como o arrocha e principalmente o pagode Baiano. Qual a diferença? A diferença é que não existe diferença. A não ser a manutenção de um diiscurso onde o público espera que os grandes nomes brasileiros vugo MPB falem bonito de qualquer assunto e os outros que não se enquadrem dentro desse contexto falem vulgarmente. E isso acaba acarretando em muitos problemas do tipo preconceito... Acho que vem dai o meu maior espanto, para mim era normal ver cantores populares, cantando suas chamadas baixarias de duplo sentido do que ouvir isso vindo de um artista denominado culto dentro da nossa sociedade!
Eu acho que fugi até do tema, mas a ideia é mesmo trazer à tona essa minha observação, inquetação e interpretação dessas músicas e desse tema tabu. E acho que vocês perceberam que agora eu sei que não é tão dificil assim esconder esse tão temindo assunto: O SEXO!
Adorei o blog, o nmo título.TUDOO!Aprendeu direitinho, né? Ha, depois de ler a ordem do discurso, tô cheia de blá blá blá, então ai vai: Falar de sexo na contemporaneidade, sobretudo com crianças ou adolescente ainda é um tabu, para Foucault( Tabu do objeto). Acho que, por isso essas bandas popularescas formulam sua letras de uma forma que possibilite ambiguidades de interpreatações.
ResponderExcluirNo fundo, adoro letras do gênero,principalmente quando são explicitas com a de Vanessa da Mata, que você cita acima.
Para mim o problema não é falar de sexo, o problema é apresentar as mulheres como objeto sexual, que é o caso das bandas de pagode baiana. Aí vai um trecho " Ela fica de quatro na mesa, ela empina de 4 na mesa. Ela é dog,dog, dog, dog, she is dog, dog, dog,dog".
Cara,não vejo nenhum problema em falar que ela fica de quatro na mesa,mas precisa chamar de cachorra?
Um abraço, gostei muito. essa de falar de sexo ainda é sim um dilema. Mas com o passar do tempo e com trabalhos com essa direção vai ser mais fácil tratar deste assunto, e aí teremos quem sabe menos problemas sociais.
ResponderExcluirNoel Tavares
Concordo plenamente Jorda, o problema não é falar de sexo, até porque vai ser sempre algo polêmico, pois é um tabu, e isso todo mundo já sabe. Mas a grande diferença entre os estilos musicais citados é que um trata a mulher de forma pejorativa, preconceituosa, realmente como um objeto sexual, e a figura masculina é vista como o dominador, o homem que na linguagem popular é “o cara”, aquele que comanda e tem o direito de usufruir da maneira que bem entende daquela rotulada “gostosona”, esses conceitos que até hoje são disseminados, sobretudo nas músicas, são frutos de uma sociedade machista.
ResponderExcluirE vejo ainda um problema maior nisso, são as próprias mulheres permitirem que isso aconteça, reforcem e legitimem essas idéias. Outro dia mesmo vi um vídeo no youtube onde as mulheres dançando uma música de pagode, em uma praia de Salvador, abaixavam a calça e a calcinha na frente da câmera, olha quem filmava, é claro homens!
Agora ne por nada não, mas você citou ai uma música muito velha, rsrs.. Tem mais atuais tipo, “rala a theca no asfalto” ou “raspadinha” huahua,.. Prefiro não comentar! rs
Muito interessante a sua postagem. Realmente pode haver preconceito em relação à maneira como os artistas populares colocam esse assunto.
ResponderExcluirMas eu acho que da mesma maneira que nós, mulheres, não queremos homens vulgares e que achamos feio as mulheres vulgares, nós também queremos ouvir verdadeiras poesias em relação a esse assunto, como os exemplos que você colocou. Porque pra ouvir qualquer "baixaria", não precisamos de música, né.
E se há música, há poesia, há criatividade (como nos exemplos), aí dá pra ouvir de tudo numa boa. *-*
Sexo é um fato, acontece todo dia. Mas se podemos ouvir esse assunto de forma poética, pra que ouvirmos baixarias?
'Tô adorando seu blog! *O*~
Beijos! **: